No dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi instituída com o objetivo de levar mais informações a respeito do tema para toda a população, enfatizando a importância dos direitos de inclusão dos portadores da síndrome e, principalmente, diminuindo o preconceito que ainda existe.

No Brasil, atualmente há cerca de 270 mil pessoas com Síndrome de Down. Essas pessoas têm algumas características em comum, como olhos puxadinhos para cima, implantação mais baixa das orelhas, língua grande e pesada, fraqueza nos músculos, estatura baixa e podem ter excesso de peso. 

Eles também correm maior risco de ter problemas cardíacos, alterações respiratórias, tireoide e apneia do sono. Por isso, estímulos com fisioterapia, fonoaudiologia e orientações nutricionais são importantes para auxiliar no desenvolvimento e melhora da qualidade de vida.

Dieta

Os portadores da síndrome devem seguir uma alimentação equilibrada e acompanha de perto por um profissional. Todos necessitam de avaliação nutricional adequada, bem como, a coleta da história clínica para saber quais fatores interferem no seu estado nutricional.

Enquanto bebês, o aleitamento materno deve ser incentivado, bem como a introdução alimentar deve ser feita de forma correta e individual.

Enquanto adolescentes ou adultos, é essencial que a família faça parte deste processo. As mudanças devem ser de forma gradual e sempre deve se proporcionar refeições em ambiente tranquilo, incentivando a boa mastigação dos alimentos, com refeições fracionadas para que sejam evitados os excessos.

É fundamental evitar o consumo de guloseimas, refrigerantes, embutidos e demais processados. Por outro lado, incentive o consumo de frutas e vegetais, de forma bastante variada e adequada.

Exercícios

Para ajudar o bebê com Síndrome de Down a sentar e andar mais rápido, a criança pode iniciar fisioterapia desde o terceiro ou quarto mês de vida até por volta dos cinco anos de idade.

A fisioterapia inclui a terapia no solo e a estimulação psicomotora, onde são utilizados objetos como espelhos, bolas, espumas, tatame, circuitos e diversos brinquedos educativos que estimulam os sentidos.

Seus principais benefícios são combater a hipotonia, que é quando a criança tem a força muscular diminuída, e fica sempre muito mole; favorecer o desenvolvimento motor; desenvolver ou melhorar o equilíbrio e tratar a escoliose, evitando que a coluna fique muito danificada e dificulte as mudanças de postura.

Emprego

Empregar pessoas com síndrome de Down e outras deficiências intelectuais traz benefícios não apenas para os indivíduos, mas para as organizações. Mas para que a experiência seja positiva para todos, é fundamental enxergar as oportunidades de acordo com as potencialidades de cada um.

A síndrome de Down está relacionada a dificuldades de aprendizado, o que significa que os funcionários com a trissomia provavelmente vão demorar um pouco mais de tempo para realizar determinadas tarefas. Isso não quer dizer que elas não serão feitas ou que serão feitas de forma inadequada.

É importante acompanhar sempre o processo de adaptação da pessoa ao trabalho para determinar, de preferência junto com o funcionário em questão, quais serão as suas responsabilidades e tarefas a cumprir.

Mas é importante ressaltar que o trabalho não envolve apenas a pessoa e a empresa. Família, escola e sociedade precisam caminhar juntas na defesa da inclusão efetiva para que a entrada no mercado de trabalho de pessoas com síndrome de Down possa se tornar uma realidade para todos.

É possível que ainda haja preconceito e muita desinformação, porém, pessoas com Síndrome de Down não somente são capazes como têm o direito de ter independência, estudar, casar, trabalhar e muito mais. Suas habilidades motoras e cognitivas podem ser desenvolvidas e para isso é preciso além do amor e compreensão, a inclusão. Um carinho que conforta!