E enxaqueca é uma doença neurológica que se caracteriza por fortes dores de cabeça. Apesar de atingir uma a cada sete pessoas, de modo que 2% da população têm enxaqueca crônica com crises que acontecem por 15 ou mais dias em um mês, a mesma ainda não possuía um tratamento específico aqui no Brasil.
Essa semana a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um medicamento para a prevenção da doença. A previsão é que o tratamento seja comercializado ainda no primeiro semestre deste ano.
O medicamento recebeu o nome de Pasurta. O tratamento consiste em uma injeção mensal, com uma espécie de canetinha, semelhante às utilizadas para aplicar insulina em diabéticos. A droga barra a ação de uma molécula, chamada CGRP, que é diretamente relacionada no processo inflamatório.
Não é uma cura para o problema, mas segundo uma pesquisa da King’s College de Londres, em quatro meses de uso, grande parte dos pacientes que receberam o medicamento apontaram uma redução da dor pela metade nos dias de crise.
Nos Estados Unidos, o medicamento foi disponibilizado no ano passado com um outro nome, Aimovig. O custo anual dele chega a aproximadamente 7 mil dólares. O valor pode variar de um país para o outro, mas a previsão é que o tratamento não será barato no mercado brasileiro. Depois de aprovado pela Anvisa, a droga passa por um estudo por parte da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) para que possa ser definido um limite de preço.