A telemedicina é um processo avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. Estes exames são avaliados e entregues de forma digital, dando apoio para a medicina tradicional. A telemedicina já é utilizada em todo mundo, de forma segura e legalizada, estando de acordo com a legislação e as normas médicas.
O termo tem origem na palavra grega ‘tele’, que significa distância. A prática teve origem em Israel e já é bastante aplicada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.
Desde seu início, na década de 1950, a telemedicina mudou e avançou muito. Antes, poucos hospitais utilizavam televisões para chegar a pacientes em locais remotos. Mas com o avanço dos meios de comunicação, o contato entre médico e paciente ou entre os profissionais de saúde ficou mais simples e prático.
A relação e a troca de informações foi ampliada com o telefone fixo, depois com os celulares, e se tornou ainda mais rápida com a internet. Computadores, tablets e smartphones facilitam as videoconferências e o avanço da Inteligência Artificial (IA) leva conhecimento ao alcance de todos.
No Brasil, o serviço de telemedicina, principalmente aplicada na emissão de laudos online, está crescendo e se consolidando. O início foi na década de 90 – justamente com a expansão da internet -, acompanhando uma tendência mundial de atendimento médico e geração de laudos à distância.
Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial é considerada uma área de pesquisa que utiliza recursos tecnológicos capazes de gerar mecanismos e/ou dispositivos que consigam reproduzir a capacidade do ser humano de pensar e resolver problemas, ou seja, de ser racional.
E a ‘inteligência dos computadores’ ou machine learning aplicada à saúde trouxe inúmeros benefícios. A telemedicina é uma das áreas que avançou bastante com os recursos da inteligência artificial, principalmente na automatização e definição de prioridades médicas, ou casos de urgências.
E deve avançar ainda mais: com computadores capazes de armazenar e processar um enorme repertório de dados, é possível cruzar as informações e imagens captadas digitalmente em exames e laudos e transmitidas via telemedicina. Este conhecimento, somado ao histórico dos pacientes, que também já são armazenados digitalmente, podem trazer muitos ganhos a médicos e pacientes na definição de diagnósticos cada vez mais precisos.
eHealth
eHealth é qualquer aplicação da internet, utilizada em conjunto com outras tecnologias de informação, focada em prover melhores condições aos processos clínicos, ao tratamento dos pacientes e melhores condições de custeio ao Sistema de Saúde.
O conceito inclui muitas dimensões, que vão desde a entrega de informações clínicas aos parceiros da cadeia de atendimento, passando pelas facilidades de interação entre todos os seus membros, chegando a disponibilização dessa mesma informação nos mais difíceis e remotos lugares.
Dentro do modelo encontra-se um conjunto de ferramentas e serviços capazes de sustentar o atendimento de forma integrada através da Web. Entre elas podemos citar algumas: Prontuário Eletrônico (ePaciente), saúde móvel (mHealth), Big Data, Cloud Computing, Medicina Personalizada, Telemedicina etc.
Vantagens
Para os pacientes, essa tecnologia permite que eles tenham acesso à medicina de qualidade e também a profissionais referência, mesmo estando longe dos centros urbanos.
Podemos destacar algumas das vantagens da telemedicina:
- Amplia o contato entre médicos e pacientes;
- Acesso a especialistas e profissionais de referência;
- Facilita a troca de informações entre os serviços de saúde;
- Diminui o deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos;
- Facilita a realização de exames, que podem ser feitos em clínicas e postos de saúde;
- Melhora a qualidade dos laudos emitidos e agiliza a entrega.
Dessa forma, a telemedicina se apresenta como uma forma de transpor barreiras culturais, socioeconômicas e, principalmente, geográficas, para que os serviços e informações em saúde cheguem a toda população.